Somente os protótipos LMDh estiveram presentes na classe GTP nas 24h de Daytona |
Em 2023, entrou em vigor o regulamento de convergência entre a ACO e o IMSA, na qual os protótipos LMH e LMDh podem correr tanto nos campeonatos do FIA WEC quanto no IMSA Weathertech Sportscar Championship.
Mas na última edição das 24h de Daytona, que aconteceu no final do janeiro passado, somente os modelos LMDh correram na classe GTP e isso tende a se repetir na temporada completa do IMSA neste ano. Mas por que os Hypercars do WEC não estarão presentes no campeonato americano de Endurance? Calma lá que neste post, vou explicar os motivos:
1. A Toyota não tem o interesse de participar por enquanto no IMSA
Toyota disputará somente o WEC em 2023 |
A maior vencedora na principal classe do WEC nos últimos 5 anos, a Toyota até poderia participar na GTP do IMSA, já que a marca japonesa tem uma presença bem forte dentro do mercado automobilístico dos EUA.
Mas infelizmente a Toyota não demonstra nenhum interesse de participar tão cedo das etapas do IMSA, pois o seu foco principal é o WEC. Porém, a montadora nipônica não descarta futuras participações em Daytona e em Indianápolis, mas por uma condição, em que as ambas provas fizessem parte do calendário do mundial de Endurance.
Quem sabe ao longo deste ano, a Toyota Gazoo Racing muda de ideia e anuncie alguma participação no IMSA em 2024.
2. A Ferrari vai focar somente no WEC em 2023
Ferrari 499P é outra grande ausência no IMSA |
O novo hipercarro italiano também está elegível a disputar o campeonato do IMSA, mas no momento a Ferrari por enquanto vai focar somente no WEC, enquanto que no campeonato americano de Endurance, o foco será no desenvolvimento no novo 296 GT3, nas classes GTD Pro e GTD.
Mas não está descartada a possibilidade do 499P aparecer na classe GTP no IMSA em 2024 através da Risi Competizione, que é a equipe que representa a marca de Maranello dentro dos EUA.
3. O 9X8 só pode disputar o IMSA, desde que seja rebatizado com uma marca do grupo Stellantis presente nos EUA
Peugeot não tem presença no mercado automobilístico nos EUA |
Diferentemente da Ferrari e da Toyota, a Peugeot sequer tem presença no mercado automobilístico dentro dos EUA e isto impede da marca francesa competir na classe GTP do IMSA, já que um dos requisitos necessários é produzir 2500 carros dentro do território americano.
Mas o 9X8 até poderia estar presente no Weathertech Sportscar Championship, desde que seja rebatizado em nome de uma marca do grupo Stellantis, que tenha uma boa presença dentro do mercado americano de carros. E quem poderia assumir essa bronca seria a Dodge, que é uma montadora dos EUA e seria uma presença bastante interessante, pois faria uma forte concorrência com a GM, que é representada pela Cadillac,
Mas para o ano de 2023, o 9X8 estará presente somente no WEC, com a Peugeot focando melhorar o mais breve possível o desempenho de seu hipercarro.
4. Glickenhaus, Isotta Fraschini e Vanwall não podem disputar o IMSA
Glickenhaus, Vanwall e Isotta Fraschini não tem permissão de disputar o IMSA |
Assim como a Peugeot, as equipes Glickenhaus, Isotta Fraschini e Vanwall também não estão elegíveis para disputar na GTP do IMSA, por conta da regra da montadora participante ter que produzir no mínimo 2500 carros por ano dentro dos EUA.
Mas o grande curioso é o fato da Glickenhaus ser uma equipe americana e não poder disputar o principal campeonato de Endurance de seu próprio país. É de fato uma bela ironia e uma pena não podermos ver o SCG 007 LMH em pistas como Daytona, Laguna Seca, Road America, Indianapolis e Road Atlanta por exemplo.
Conclusão
Ao menos neste ano, veremos apenas os protótipos LMDh correndo na classe GTP do IMSA. No entanto, isso não significa que não teremos fortes emoções no campeonato americano de Endurance, pois há 4 marcas competindo entre si.
Mas quem sabe se nos próximos meses, alguma marca que usa modelos LMH não decida participar do Weathertech Sportscar Championship.
Postar um comentário