MUITA CALMA NESSAS HORAS - NADA DE ALONSO, STROLL E DRUGO NO ASTON MARTIN VALKYRIE NOS HYPERCARS (POR ENQUANTO)


No último dia 4 de outubro, a Aston Martin finalmente anunciou de que vai ingressar nas classes Hypercar (FIA WEC) e GTP (IMSA) para a partir da temporada de 2025 com o seu hipercarro Valkyrie, depois de uma longa novela envolvendo este modelo.


E por conta disso, muitos já começaram a perguntar se Fernando Alonso, Lance Stroll e até mesmo Felipe Drugovich, que fazem parte da divisão da F1 da marca inglesa, poderiam fazer parte deste programa. Mas antes de tudo, precisamos colocar os pingos nos "Is" e infelizmente venho com esse "balde de água fria" porque não é dessa forma que as coisas vão funcionar. E vou explicar aqui os porquês disso.




Aston Martin quer dar a prioridade para os pilotos de seu programa de GTs

Numa matéria do site Autosport, a Aston Martin descartou de primeiro momento usar pilotos da Fórmula 1 para o envolvimento do programa Vakyrie.


E um dos principais motivos disso é porque a equipe que será responsabilizada por esta operação é a Heart of Racing Team, que disputa nas classes GTD Pro e GTD no IMSA Weathertech Sportscar Championship com o modelo Aston Martin Vantage GT3, e também na LMGTE Am, mas com o nome da Northwest AMR, com o GTE Vantage AMR.


E esta equipe já conta com pilotos bem capacitados, como Ross Gunn, Alex Riberas, Marco Sorensen. E além disso, a Aston Martin pode contar ainda com Nicki Thiim, Jonny Adam, Charlie Eastwood e Valentin Haase-Clot.


Ross Gunn é piloto temporada completa da Heart of Racing Team na GTD Pro carro 23 neste ano na IMSA e o mesmo vale também para o seu companheiro Alex Riberas, que também disputa a classe GTE Am no 98 no FIA WEC.


Já Marco Sorensen é piloto titular da HoR, mas no 27 da classe GTD e Nicki Thiim já foi piloto de fábrica da Aston Martin e disputou provas neste ano com os GTs da marca inglesa na IMSA, WEC, ELMS e British GT Championship.


Já Jonny Adam é piloto da TF Sport, que usa Aston Martin Vantage AMR, na classe LMGTE na European Le Mans Series. Charlie Eastwood corre também pela mesma equipe, mas no WEC na GTE Am, carro 25 e com parceria da Oman Racing Team. E para finalizar Valentin Haase-Clot também corre de TF Sport de GTE da Aston Martin na ELMS.


Futuro de Felipe Drugovich para 2024 é muito incerto

Já sobre Felipe Drugovich, é preciso muita cautela nessas horas porque nem sabemos ainda do que será de seu futuro para o ano de 2024.


O piloto brasileiro teve recentemente seu nome ligado para possivelmente correr na Fórmula 1 em 2024 pela Williams no lugar de Logan Sargeant e que aparentemente já teria a verba suficiente para assumir esta vaga. Mas ao mesmo tempo pode acontecer do piloto americano ser mantido na equipe para a próxima temporada.


E antes de ter o seu nome ligado a Williams, Drugovich recusou de participar de um teste da Ed Carpenter Racing na Fórmula Indy. E além disso, teve propostas para correr de Formula E em 2024, principalmente ou na Andretti ou na Maserati, mas ambas equipes já fecharam as suas duplas.


Portanto pessoal, antes de acharem da possibilidade do Felipe Drugovich poder pilotar o Valkyrie em 2025, primeiro precisamos saber de fato qual será o seu real futuro para 2024, pois caso seja confirmado na Williams na F1, essa possibilidade pode ser praticamente descartada.


Mas caso não vá para a F1, aí fica uma questão de incógnita ao piloto brasileiro e mesmo assim, ele terá desvantagem em relação aos pilotos GTs da Aston Martin por conta da questão da experiência.


Fato experiência conta muito para o desenvolvimento do Valkyrie

Como eu disse anteriormente, Felipe Drugovich não tem experiência em categorias Sportscars, como é o caso do WEC, IMSA, GT World Challenge por exemplo, e isso joga contra o piloto brasileiro.


E este fator será muito determinante para pilotos como Alex Riberas, Nicki Thiim, Ross Gunn, Marco Sorensen por exemplo, pois eles estariam mais capacitados para darem os feedbacks em relação ao desenvolvimento do hipercarro Valkyrie, ainda mais considerando que tanto a classe Hypercar do WEC quanto a GTP da IMSA estarão muito competitivas nos próximos anos e a Aston Martin não poderá vacilar de forma alguma caso queira atingir vitórias importantes.


Nenhuma porta está fechada para 2025

Como eu disse no começo, a prioridade no momento da Aston Martin é usar seus pilotos do programa de GTs atualmente para o desenvolvimento do Valkyrie, mas não necessariamente as portas estariam fechadas tanto para Alonso, Stroll e Drugo.


Isso porque em todo o cenário do automobilismo até 2025, as coisas podem sim mudar de uma hora para outro e talvez possamos ver ao menos um dos pilotos do atual programa da F1 estar presente no Valkyrie.


Fernando Alonso é um piloto com muita bagagem no automobilismo mundial, sendo que inclusive venceu 2 edições de 24h de Le Mans pela Toyota em 2018 e em 2019, e uma edição de 24h de Daytona em 2024 com o DPi da Cadillac na Wayne Taylor Racing. E o seu nome poderá ajudar bastante tanto em questões comerciais, mas também de desempenho para a Aston Martin.


Já para Lance Stroll, aí é uma situação pouco mais complicada, pois o canadense não tem tido uma boa repercussão por conta de desempenhos questionáveis na Fórmula 1 e por mais que IMSA ou WEC possa ser sua segunda chance, a sua imagem negativa pode jogar contra.


E já para Felipe Drugovich, caso não consiga realizar o seu sonho de correr na Fórmula 1 depois de ter sido campeão na Fórmula 2, poderia sim tentar uma alternativa no WEC e sendo bancado pela Aston Martin, pois tempo suficiente para se dar bem, ele tem de sobra.

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