ANÁLISE 12H DE SEBRING - QUEM SE DEU BEM E QUEM SE SAIU MAL?

 

No dia 18 de março, foram realizadas as 12h de Sebring, que foi a segunda etapa do IMSA Weathertech Sportscar Championshipque terminou de forma bem inacreditável deixando os fãs bem perplexos no que acabou acontecendo e que deu a vitória para a equipe Action Express Racing. Vamos aos vencedores e perdedores desta prova:

Vencedores

1. Pfaff Motorsports

Única equipe que usou Porsche 911 GT3 R (992) na classe GTD Pro, a Pfaff Motorsports foi de inferno para o céu nas 12h de Sebring. Durante a classificação na sexta-feira, Klaus Bachler acabou batendo na curva 1, o que fez danificar bastante o carro 9, o que fez ter que largar de último na sua classe no sábado.


Já durante a corrida, a Pfaff conseguiu mostrar um bom desempenho já que o balanço de performance ajudou bastante os novos GT3 da Porsche, após ter ido mal em Daytona, mas de forma polêmica, e na segunda metade da prova, contou com os problemas da Corvette, que perdeu uma volta nos pits, e na última hora de corrida, durante as últimas bandeiras amarelas, foi bastante ousado em não parar para reabastecer, e felizmente essa estratégia acabou funcionando, dando a vitória na GTD Pro para o trio Klaus Bachler, Laurens Vanthoor e Patrick Pilet.


Pfaff superou o acidente na classificação de sexta para vencer no sábado em Sebring


2. Action Express Racing

Mais um exemplo de equipe que precisou passar por superações em Sebring para conseguir vencer a prova. Mas para começar, a equipe Action Express mostrou grande desempenho durante os treinos, inclusive liderando o TL3, além de uma pole position.


Mas depois que começou a corrida, começou a aparecer os problemas, sendo que na 2ª hora de prova, acabou batendo no carro 38 da classe LMP3 que havia rodado, sem que o 31 tivesse tempo suficiente para escapar da colisão. E por conta disso, houve danos na dianteira da Cadillac da Action Express, além de furo no pneu, o que custou uma volta nos pits.


E na terceira hora, mais problemas e desta vez com punição de Stop&Go de 10 segundos por ter realizado o pit stop de emergência de forma incorreta. Mas com as bandeiras amarelas que foram surgindo depois, o 31 recuperou a volta e até chegou a brigar pelo Top 3, mas num determinado momento foi perdendo rendimento e ficando longe da briga por vitória.


E eis que ficar longe do Top 3 acabou sendo ótimo para o trio Aitken, Derani e Sims, pois quando faltavam 20 minutos para o fim da prova, os 3 primeiros colocados acabaram se batendo e abandonando a prova, dando de graça a vitória para o Cadillac 31, o que acabou se concretizando.


Action Express, de Pipo Derani, é mais uma equipe que precisou passar por superações em Sebring


3. Tower Motorsport

Essa é mais uma equipe que também passou por altos e baixos durante as 12h de Sebring. O time do carro 8 da LMP2, além de ter sofrido punições ao longo da corrida, Kyffin Simpson acabou rodando e batendo na barreira de pneus, destruindo a parte traseira durante a sétima hora de corrida. 


Mas depois foi conseguindo recuperar o prejuízo, e no final, além de conseguir vencer na LMP2, a Tower Motorsport conseguiu um improvável terceiro lugar na geral, por conta dos abandonos de 5 carros GTPs, além do carro 60, também da classe principal, ter ficado 20 voltas atrás.


Tower Motorsports terminou em 3º na geral de forma improvável


4. BMW RLL Team

Depois de um fiasco nas 24h de Daytona, com desempenho longe da Acura, Cadillac e Porsche, além de uma fraca confiabilidade, a BMW mostrou uma boa evolução para Sebring, sendo que os carros 24 e 25 conseguiram competir contra os seus concorrentes durante a corrida.


Apesar do abandono do 24, que tinha o brasileiro Augusto Farfus entre os pilotos, o 25 foi fazendo uma corrida segura e no final ainda foi premiado, com o caótico acidente que tirou então 3 líderes da GTP, no caso o 6 e 7 da Porsche-Penske e o 10 da Wayne Taylor, que o garantiu um improvável 2º lugar tanto na sua classe quanto na geral, sendo o melhor resultado para a BMW e com certeza isso dará mais confiança para a marca alemã para continuar evoluindo para as próximas etapas.


Carro 25 da BMW conseguiu um improvável 2º lugar em Sebring

Perdedores

1. Wayne Taylor Racing

A equipe que era considerada uma das grandes favoritas a vencer as 12h de Sebring porque chegou a estar liderando a prova e num determinado momento, com boa folga. Mas quando estava faltando 20 minutos para o encerramento, durante uma disputa de posição com o Porsche carro 6, Filipe Albuquerque foi jogado para fora da pista e logo em seguida acabou colidindo no protótipo da marca alemã, resultando num "Big One", que envolveu até o carro 7, também da Porsche-Penske, além de carros GTs como o 3 da Corvette Racing e o 62 da Risi Competizione, causando uma cena bem inacreditável, deixando muitos incrédulos e sem entender no que havia acabado de acontecer. E assim vimos uma grande chance de vitória da Wayne Taylor ser jogado no lixo.


Acura da Wayne Taylor sendo recolhida após o acidente que o tirou da corrida


2. Porsche Penske

Assim como o carro 10 da Acura da equipe Wayne Taylor Racing, os 2 carros da Porsche-Penske Motorsports também estiveram presentes no caótico acidente faltando 20 minutos para o fim das 12h de Sebring, jogando no lixo o que seria o seu primeiro grande resultado no IMSA neste ano, depois de ter sofrido com problemas de confiabilidade nas 24h de Daytona.


Momento do grande acidente que tirou a Wayne Taylor e 2 Porsche Penskes da corrida


3. Cadillac Racing

Uma das grandes favoritas a vencer a corrida, sendo que mostrou bons ritmos durante os treinos e chegando até liderar com folga em determinado momento das 12h de Sebring, infelizmente uma quebra no motor do Cadillac V-Series.R na 9ª hora de prova, obrigou o carro 01 da Chip Ganassi a ter que encerrar a sua participação de forma precoce, jogando fora uma grande possibilidade de vitória.


Momento da quebra do motor que tirou o Cadillac 01 da prova

4. Meyer Shank Racing

Alvo de muitas críticas uma semana antes da Super Sebring, por conta da punição da manipulação de dados dos pneus nas 24h de Daytona, a Meyer Shank precisou correr atrás do prejuízo pelos danos causados na imagem da equipe no último sábado.

Com um desempenho mediano, estando mais para o meio do pelotão, o trio que tinha Hélio Castroneves entre seus pilotos, num determinado momento chegou a beliscar a possibilidade de vitória, mas no começo da última hora, o carro 60 acabou perdando uma roda e consequentemente parou no meio da pista, precisando ser recolhido para a garagem e que fez perder 20 voltas no total. E no final, acabou ficando somente em 6º na classe GTP.



Momento logo após o carro da Meyer Shank perder o pneu traseiro esquerdo


5. Corvette Racing

A Corvette era a equipe dominante nas 12h de Sebring na classe GTD Pro e parecia repetir o feito no dia anterior, nas 1000 milhas de Sebring do WEC. Mas na 9ª hora, um problema na roda traseira esquerda se tornou um grande pesadelo para o time americano, que perdeu uma volta parado nos pits.


As bandeiras amarelas que apareceram depois até deram uma esperança da Corvette recuperar a liderança, porém, mesmo terem recuperado a volta perdida, não foi suficiente para conseguir a vitória e terminou somente em 5º.


Um problema na roda traseira tirou o que era vitória provável da Corvette em Sebring

6. Rick Ware Racing

A equipe que tem o brasileiro Pietro Fittipaldi entre seus pilotos na classe LMP2, vinha tendo um bom desempenho em Sebring, brigando constantemente para terminar no Top 3, sendo melhor no que foi em Daytona. 


Mas infelizmente na última hora de corrida, o carro 51 sofreu uma quebra no eixo da roda, fazendo o Pietro perder o controle na curva 1 e acabar batendo na barreira de pneus, decretando o fim de prova, o que foi uma grande pena porque havia até possibilidade de vitória na classe LMP2.


Imagem: Fittipaldi Brothers - Rick Ware Racing mostrou bom desempenho em Sebring até o acidente na última hora

7. Winward Racing

A Winward Racing em Sebring esteve brigando constantemente na liderança, mas na oitava hora de corrida, na primeira curva, o carro 57 se envolveu num acidente com a Porsche número 16 da Wright Motorsport, o que fez danificar a suspensão da Mercedes GT3, decretando o fim de prova e jogando fora uma possível vitória na classe GTD.


A Mercedes 57 da Winward se choca com a Porsche 16 da Wright Motorsports


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